Toda vez que pensamos em empreendedores de sucesso, logo nos vem à mente a imagem de uma pessoa organizada e que está sempre de olho nas suas finanças. Afinal de contas, é bem difícil imaginar o crescimento de uma pessoa que não tem o hábito de acompanhar e monitorar os números do seu negócio.

Claro que, vez ou outra, pode acontecer de um empresário passar por um "boom" de vendas e ver o seu negócio decolar, mesmo sem grandes cuidados no que diz respeito ao controle de gastos. No entanto, para que um negócio tenha longevidade, consciência financeira é, definitivamente, um fator que não pode ser negligenciado.

Só para se ter uma ideia, uma pesquisa do SPC comprovou que 46% dos brasileiros não controlam seu orçamento. Mesmo que a pesquisa se refira a gastos pessoais, fica nítido que grande parte dos empresários brasileiros não faz ideia sobre a entrada e saída de capital da própria empresa.
 
Por mais que pareça inofensivo, negligenciar as finanças é o mesmo que declarar a própria falência sem nem mesmo se dar conta disso. Provavelmente você conhece alguém que, apesar de ter um bom salário, está sempre atolado em dívidas e não consegue construir uma boa saúde financeira. Mesmo com uma boa retirada mensal, algumas pessoas passam por problemas que poderiam ser evitados apenas por dar atenção às finanças e dedicar algum tempo do dia para entender melhor todos os gastos.

O mesmo pode acontecer com uma empresa. Infelizmente, é comum encontrar empreendedores que estão sempre na “saia justa”, mesmo tendo um grande faturamento mensal.

Hoje vamos falar sobre algumas dicas práticas para otimizar o seu controle de gastos e desenvolver todo o potencial do seu negócio, mas antes, aqui estão alguns malefícios ao negligenciar essa prática:

● Endividamento;
● Salários atrasados; 
● Alta depreciação de equipamentos; 
● Mistura de gastos pessoais e empresariais.

Esses são apenas alguns dos problemas enfrentados por quem não possui controle sobre os gastos. Isso leva, quase que inevitavelmente, a um cenário de declínio da empresa, até chegar à falência caso nada seja feito.

Quando o assunto é a saída de capital, as pessoas comumente erram ao pensar que é tudo a mesma coisa. Na verdade, existem 4 tipos de gastos que uma empresa pode ter, e entender cada um deles é o primeiro passo para controlá-los.

Custo: É o gasto necessário para uma empresa produzir bens e serviços. De forma objetiva, significa gastar dinheiro para que a máquina empresarial continue funcionando.

Por isso, é comum dizer que esse gasto é necessário para “custear” as operações de um negócio.

Despesa: Esse conceito diz respeito aos gastos essenciais para o funcionamento da empresa, mas que não estão atrelados à entrega dos bens e serviços. Gastos com energia elétrica, insumos de escritório, água e comissões de venda, são alguns exemplos de despesa.

Investimento: Como o próprio nome deixa claro, esse é um tipo de gasto que possui um objetivo claro: GERAR RECEITA. Ao investir em uma nova máquina ou campanhas publicitárias, o empresário visa, única e exclusivamente, aumentar o faturamento do seu negócio.

Perda: Esse é o tipo de gasto menos querido pelas pessoas. A perda não cumpre nenhum propósito e, claro, nunca ocorre de forma intencional. Esse tipo de gasto não é responsável por custear a produção de bens e serviços e nem por trazer mais receita para o negócio.

Outro erro que desequilibra os gastos de uma empresa é misturar as contas pessoais com as da pessoa jurídica. Fazer isso te impedirá completamente de entender as finanças do seu negócio.

Sempre que o empreendedor mistura o CPF e o CNPJ ele se torna vulnerável a imprevistos e à falsa ilusão de que o seu negócio vai bem. Usar dinheiro da empresa para pagar contas pessoais e ter apenas uma conta, são práticas que atrapalham muito o controle de gastos.

Para evitar essa confusão você pode fazer algumas coisas como:

Determinar o pró-labore: uma vez que o seu pagamento mensal esteja definido, será mais fácil acompanhar os gastos pessoais e empresariais.

Conta exclusiva: assim que o empreendedor abre a sua empresa, é primordial criar uma conta bancária corporativa. Dessa forma, a entrada e saída de capital ficará bem definida, evitando confusões no futuro.

Reserva: outra tática bastante efetiva para manter as suas contas separadas é criar uma reserva financeira para o seu negócio, de forma que, quando precisar de capital para algum imprevisto, você não precise tirar da sua conta pessoal.

Se você quer mais dicas para manter os gastos separados, você também pode ler nosso artigo com 6 dicas práticas.

Esse é um dos pilares mais importantes para manter um bom controle de gastos na sua empresa. Fazer um planejamento efetivo é a ferramenta certa para te deixar preparado para possíveis imprevistos.

É possível criar planos anuais, semestrais ou mensais. O que importa é ter sempre na ponta do lápis todas as informações necessárias para tomar decisões assertivas e de forma rápida. Você também pode ler nosso artigo com 8 dicas de planejamento indispensáveis para pequenas empresas. 

Ter uma empresa significa trabalhar todos os dias para torná-la melhor, seja através do aprimoramento de processos ou implementação de novas práticas. Sempre há algo que podemos polir para alcançar o máximo de um negócio.

Recentemente, nós fizemos um artigo completo sobre esse assunto e quais os benefícios de uma contabilidade consultiva. A verdade é que esse tipo de serviço pode ser um verdadeiro divisor de águas no controle financeiro da sua empresa, pois você poderá contar com profissionais altamente qualificados para entender os números do seu negócio.

Espero que com essas dicas você consiga colocar as suas finanças em ordem e melhorar o controle de gastos na sua empresa. E se ficou alguma dúvida, ou se deseja conhecer mais sobre contabilidade consultiva, clique aqui para conversar conosco. Será um prazer te ajudar!